Auta de Souza

A  poetisa Auta de Souza nasceu em 12 de Setembro de 1876 no município de Macaíba, Rio Grande do Norte. Única filha entre os cinco do casal Elói Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina Rodrigues de Souza, aos 3 anos fica órfã de mãe e aos 4 anos de pai vítimas da tuberculose.
A partir de então, passou a ser criada pelos avós maternos, dona Silvina Maria, vovó Dindinha e o Sr. Francisco.  
Aos 7 anos já lia e escrevia e aos 8 anos de idade lia histórias para crianças pobres, mulheres do povo e velhos escravos.
Com 10 anos , em Macaíba, no dia 15 de Fevereiro de 1887, viu seu irmão Irineu morrer devido à explosão de uma lamparina.  Estudou no Colégio São Vicente de Paulo, em Pernambuco, entre 1887 e 1889, sob a direção de religiosas francesas. Aprendeu de tudo um pouco, inclusive o francês.
No ano de 1890, com 14 anos, apareceram os primeiros sintomas da doença, ela ensinava noções de religião para crianças. Devido a  tuberculose teve que abandonar os estudos e buscando um clima adequado para a tuberculose passa a viaja pelo interior.
Apesar de não possuir uma formação literária, aprendeu muito com o sofrimento e a dor fez desabrochar a sua veia literária e a sua inclinação forte para a poesia. O sofrimento excessivo, a compaixão pelos humildes e a recordação dos dias alegres, agravaram seu estado de saúde e aprofundaram sua sensibilidade.
Auta de Souza teve um breve namoro com João Leopoldo da Silva Loureiro mas teve que renunciar a pedido da família, devido ao seu estado de saúde.
Com 17 anos de idade, são publicadas as primeiras poesias em jornais locais e revistas e em 1900, publica o “Horto”, que é a história de uma grande dor e, segundo seu irmão Eloy de Souza, é o livro de uma santa, sendo prefaciado por Olavo Bilac e tendo traços fortes das poesias de Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e outros. A 1ª edição esgotou-se em dois meses e obteve grandes elogios da crítica nacional. Desencarnou em 07 de Fevereiro de 1901, na cidade de Natal/RN, aos 24 anos, vítima da tuberculose. A poetisa partiu, mas deixou uma maravilhosa obra que abrilhanta e  enaltece a literatura brasileira.